Trânsito não é videogame.

21-05-2010 20:08

 

Qual a influência que o Atari de ontem com atual Play Station tem nos adultos de hoje e nos de amanhã? Na década de 80, então com 20 anos de idade, adquiri um videogame, já que, sem computador, era uma novidade tão quente que impressionava também os adultos.

Um dos meus jogos preferidos era o de corrida, onde a ordem era ultrapassar, de todas as formas, correr o máximo e vencer. Inevitavelmente, de pouco em pouco, batia, mas no jogo tinha chances e o carrinho voltava para a pista. E o jogo não era interrompido. Só terminava mesmo depois de esgotar todas as chances.

Hoje visando refletir, teremos a nítida impressão, que uma boa parte dos motoristas pensa que está neste jogo. Não sou Freud para dizer que o motorista vive essa loucura influenciado por jogo de videogame, até porque nem todos tiveram ou tem um aparelho assim. Guiando na BR 277, BR 101 ou na avenida central, tente por um minuto respeitar rigorosamente as regras de velocidade. Ninguém ficará atrás de você.

A costura é impiedosa e não respeita faixa contínua, de pedestre, curva ou qualquer perigo. Parece que o objetivo do trânsito não é levá-lo para algum lugar, e sim ultrapassar. Nem que todo o esforço seja para ultrapassar e a 500 metros estacionar. Por que você guia dessa forma? Sim, você! Porque a reflexão não é para os outros. Ah! Você não guia assim? Parabéns. Mas, a conversa é entre eu e você e não vale fazer de conta.

A verdade é que se no game temos chances, o carrinho volta intacto para a pista, eu nunca morro e nem me machuco, a realidade no trânsito não tem ilusão. O filho que se foi! Não volta. Aquele amigo! Nunca mais você verá. O pai! Que pena. O marido! Ficou na saudade. O irmão! Ah! Que saudades. Alguns vítimas. Outros pilotando como num jogo.

Que essa mensagem, lhe sirva como reflexão, para que você não seja um dos que acham que acidente no trânsito é como no game, e descubra tarde demais, que na realidade não dá pra reiniciar o jogo e as sequelas podem ser eternas para quem vai, para quem fica, para culpados e inocentes.

 

Autor: Anacleto basso

Fonte: www.anacletobasso.com.br


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