Estudo da complexidade dos acidentes de trânsito

21-05-2010 20:13

 

O presente estudo retrospectivo teve por objetivo avaliar a complexidade dos traumatismos faciais decorrentes de acidente de trânsito considerando diagnóstico, tratamento e complicações e relacioná-los com o uso de dispositivos de segurança.

Os dados foram coletados dos prontuários do arquivo da Área de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia de Piracicaba/Unicamp no período de 1999 a 2007.

A amostra foi de 657 pacientes dos quais 76,7% foram vítimas de acidente automobilístico e 23,3% de acidente motociclístico. Pacientes do gênero masculino e na faixa etária de 18 a 30 anos (63,7%) sofreram um maior número de acidentes de trânsito.

Quanto à utilização do dispositivo de segurança de trânsito foi mais freqüente no gênero masculino e entre os motociclistas (73,8%).

O tipo de trauma facial mais freqüente foram as fraturas ósseas (68,6%) localizadas no terço médio e na mandíbula.

Em relação aos traumas associados à outros órgãos observou-se uma maior associação entre os traumas faciais e traumas ortopédicos, verificando-se uma maior freqüência (60,7%) em pacientes que não estavam utilizando nenhum tipo de dispositivos de segurança.

O tratamento conservador foi o mais aplicado em 70,5% dos pacientes e a infecção foi a complicação mais freqüente. Os acidentes de trânsito ocorreram com maior freqüência nos pacientes adultos jovens do gênero masculino e os traumas de face associados a de outros órgãos quando as vítimas não estavam utilizando dispositivo de segurança. Dessa forma as campanhas educacionais e preventivas devem ser direcionadas para este público.


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