Cinto de Segurança - Verdadeiro e Falso
Muitos condutores fundamentam a não utilização do cinto de segurança, recorrendo a vários argumentos, aqui enunciados, para justificar a sua atitude:
"Resisto a uma colisão, agarrando-me ao volante do meu carro."
Será que é mesmo verdade?
Não, não é verdade porque um condutor que pesa 70 kg e embate a 50 km/h é projetado para a frente com uma força de cerca de uma tonelada.
E, na verdade, os braços não resistem a uma força superior a algumas dezenas de quilos, enquanto que o cinto aguenta com 2,5 a 3 toneladas!
"Não preciso do cinto para pequenos percursos."
Não é verdade, porque dois em cada três acidentes acontecem, em média, a menos de 15 km/h de casa, em trajetos pequenos e bem conhecidos dos condutores.
"Circulo devagar e, por isso, o cinto não me faz falta."
Não é verdade porque 70% dos acidentados, que não usavam cinto, circulavam a 50 km/h no momento da colisão.
Uma colisão a 50 km/h corresponde a uma queda de um 4.º andar.
Os condutores que não usarem cinto, expõem-se sempre a ferimentos mortais independentemente da velocidade a que circularem.
"Só preciso de cinto se viajar no banco da frente. Atrás, estou protegido pelo assento da frente."
Não é verdade! Muitas pessoas julgam que estão protegidas na retaguarda do veículo porque confiam na resistência do assento da frente do veículo.
Mas grande parte dos ocupantes da retaguarda, no momento da colisão, são projetados para a frente do veículo, embatendo nos tais assentos, que lhes "davam segurança"...
Existe ainda a grande probabilidade de os ocupantes serem projetados contra o pára-brisas, nomeadamente, se viajarem no lugar central da retaguarda.
"O cinto é causador de lesões muito graves."
Não é verdade! O cinto reduz o risco de sofrer lesões graves! Para isso, é necessário estar corretamente colocado.
A grande maioria dos casos, em que o cinto provoca lesões graves, deve-se ao incorreto uso do mesmo.
Para além disso, o cinto tem salvo muitas vidas e é o meio de segurança mais eficaz no habitáculo dos veículos automóvel, nomeadamente em situações de capotamento, colisão lateral e na retaguarda.
Outras concepções erradas:
"A mulher grávida não deve utilizar o cinto de segurança."
"Os passageiros dos bancos da retaguarda não necessitam de utilizar cinto de segurança."
NOTE BEM:
Corretamente colocado, o cinto deverá passar por:
- Ombro
- Esterno - meio do peito
- Anca
Incorretamente colocado, o cinto poderá passar por:
- Pescoço - aumenta o risco de fratura do osso e lesão da medula, originando, na maioria dos casos, paraplegia ou tetraplegia.
- Barriga - aumenta o risco de hemorragia interna, normalmente detectada tarde demais...